sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O que fazer?

Uma frase ecoa na minha cabeça. Uma frase curta e simples. Dita em um momento de tensão, mas dita com firmeza. Talvez dita sem pensar, mas isso só me leva a crer que essa idéia já existia e, nesse momento, apenas foi verbalizada.
Foi como o disparo de um relógio. Começou a contagem regressiva. Agora é só questão de tempo até acontecer.
Agora não sei o que fazer. Na minha mente a opções apresentam-se claramente. Cada rumo a tomar. Mas eu não lido muito bem com opções.
Estou confuso por ver algo que em entristece assim tão próximo e minha ignorância sobre o que está acontecendo. Sei exatamente o que fazer para saber, mas estou receoso. As vezes tento me convencer de que não é nada do que estou pensando e que tudo vai se encaixar alguma hora.
Talvez eu devesse acabar com tudo isso de uma vez.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Questionar = Revolta

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Algumas(muitas) pessoas dizem que sou revoltado. Pois questiono coisas que a nossa sociedade elegeu como inquestionáveis. Por exemplo, quando eu era aluno do Ensino Fundamental eu quis saber por que eu não podia me defender quando as acusações eram feitas pelo vice diretor da escola em que eu estudava. Sempre quando ele falava tínhamos que ficar TODOS calados, ouvindo coisas que não eram necessariamente verdade. Como quando perdi o ônibus e cheguei atrasado, fui levado diretamente à sala do vice diretor para me juntar a outros que foram pegos matando aula, mas eu não havia feito aquilo. Mas sempre que tentava falar algo em minha defesa, alguém (professor, inspetor, etc) me mandava ficar em silêncio e apenas ouvir qual seria minha punição. Os outros só ouviram sermão, apenas meu pai foi chamado por que eu era muito "mal educado" e não aceitava quieto quando eu estava "errado".

Crescendo passei a questionar alguns aspectos do meio em que vivo. Lógico que eu uma hora ou outra iria chegar na política. Porém, uma da frases mais populares que escuto é "Pra que ficar discutindo política? Não vai mudar nunca mesmo.", ou as pessoas revelam não gostar desse assunto, pois 'político é tudo ladrão'. Mas ainda me pergunto: COMO ASSIM?
Nossa vida é comandada por política. As coisas não mudam exatamente quando há esse tipo de pensamento. Se ninguém se mexe nada acontece. Os políticos que estão nesse momento atuando no nosso governo são pessoas como nós. Eles não vem de outros lugares, eles saíram do nosso meio. Se eles são desonestos é por que nós somos desonestos. Nós sempre damos um 'jeitinho brasileiro' para poder levar vantagem sobre o outro. Fazemos um 'gato' para não pagar imposto. Usamos nossos parentes que estão num cargo privilegiado para que nos consiga alguns favores. Subornamos oficiais que deveriam cumprir a lei e, em certas situações, nos punir. Colamos nas provas. Enganamos outras pessoas para podermos levar alguma vantagem.
Os políticos fazem a mesma coisa, a única diferença é que ele tem a oportunidade de levar vantagens bem maiores. E quem deu essa oportunidade à eles? Nós.
Nós os colocamos onde estão e os deixamos fazerem o que quiserem com nossas vidas.
É o país dos 'espertos' e também do egoísmo. E no final todo mundo dá rasteira em todo mundo e ficamos todos caídos no mesmo chão.
Acho que John Nash tem muito a nos ensinar nesse aspecto(assistam o filme A beautiful mind, estou falando da cena no bar)
E ainda querem censurar meus questionamentos em relação à política.

Quem nunca ouviu a frase "Religião não se discute"?
Essa idéia é disseminada a torto e a direito como uma verdade imutável. Mas ninguém até hoje me explicou o motivo.
Eu não discutiria se cada pessoa guardasse sua religião para si mesmo, mas eu tenho que conviver com religiosos batendo na minha porta, me parando na rua, influenciando as decisões na Câmara dos Deputados e no Senado em favor da doutrina que recebem em suas religiões(bancada evangélica e lobby católico), símbolos religiosos em departamentos públicos. E, como se não bastasse, ainda sou visto como uma má pessoa por não crer ou seguir nenhum deus, doutrina ou religião.
Tenho que lidar com tudo isso e ainda querem me dizer que não posso questionar religiões. Tamanho é esse absurdo que a maioria das pessoas acha que tudo isso é certo, que as religiões, principalmente a cristã, são intocáveis e inquestionáveis.

Com esse fato em mente, não poderia acontecer outra coisa, começo a questionar o comportamento das pessoas, na quais eu me incluo. Como podemos aceitar tudo isso e silenciar? Aceitar que façam o que quiserem com nossas vidas, aceitar servir de fantoches e nos esconder como realmente somos, reprimir nossos questionamentos apenas para evitar conflitos?

Se ser rotulado como revoltado significa querer viver minha vida sem ser uma marionete dos dogmas da sociedade, então fico feliz em ser revoltado.
Pense criticamente!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Jogando

Não é em qualquer jogo que ser titular é bom. Há jogos em que é legal estar na reserva. Mas o ideal em certos jogos é ser ÚNICO. Ou é você ou o jogo acabou. Você sente que o jogo é realmente seu.
Sentir a responsabilidade de acertar cada lance, e arcar com as consequências a cada erro.
Perdas, ganhos, mérito, culpa.
Tudo com um pouco de você.
Sabendo que essa poderá ser sua única chance, você dá seu melhor, pois não há ninguém na reserva. Ninguém vai te substituir.
Dando o seu melhor dentro do seu jogo ideal.

Mas ... sinceramente ... eu só queria poder não jogar.