domingo, 30 de agosto de 2009

Esolhas

Meu, tava aqui pensando...
Como as coisas acontecem, como a vida toma rumos diferentes partindo de uma escolha, um movimento ou se simplesmente não fizermos nada.
É incrível pensar nisso. Uma quantidade infinita de caminhos a serem seguidos e tudo depende de nós. Podemos ganhar ou perder muito nesse joguinho, mas percebi que podemos mudar, voltar e fazer novas escolhas.
Eu estava na Virada Cultural de São Paulo. Aliás, muita gente estava, e no meio da multidão, meu grupo de amigos se espremia e se embebedava.
Nesse grupo eu já conhecia quase todo mundo, apenas duas das garotas foram me apresentadas naquele dia. Uma delas me interessou. Era bonita (eu sei, homens são uns safados, primeiro veem se a moça é bonita depois qualquer outra coisa, mas fazer o que? é a primeira informação que nós temos), parecia o tipo de pessoa que não se importava com o que os outros pensam dela, falava o que queria e agia como queria. Emanava um certo ar de independência, mas sem ser arrogante. Elisângela, vulgo Lee. É ela fazia meu tipo.
Porém nessa noite eu estava numa situação especial. Minha amiga Jú havia terminado o namoro e estava muito frágil por ainda gostar do cara e tal. Me custou muita saliva pra convencê-la a sair de casa naquela noite. Então eu não poderia deixá-la de lado pra tentar uma aproximação com a Lee.
Quase mordi o cotovelo pensando em por que a Lee não apareceu outro dia, numa outra noite, outro lugar. Mas a realidade era dura, fria e cruel com esse coraçãozinho sofredor, ela estava lá, ou melhor, ali, do meu lado e eu fazendo o papel de grande herói protetor das amigas de coração ferido (ai meu Deus!).
A noite corria bem, as apresentações musicais estavam divertidas, a conversa com os amigos, tudo legal. A escolha era minha, podia continuar ali de mãozinha dada com a Jú, tentando fazê-la se divertir pra esquecer um pouco o ex-namorado, ou tentar aproximar-me da Lee e deixar a Jú um pouquinho de lado, afinal ela conhecia outras pessoas no grupo. Escolhi a primeira opção (que aperto no coração!). Fiquei ao lado da Jú a noite toda, acompanhei-a até sua casa e caminhei em direção a minha pensando que não veria mais a Lee.
Será que fiz a escolha certa?
Certo ou errado, estava feito. Não havia como voltar atrás. Ou havia?
Não posso fazer o tempo voltar, mas ainda posso mudar o rumo da história, ao menos desta.
Quis reencontrar a Lee e reencontrei. Ao conhecê-la de perto percebi o quanto perderia se tivesse me contentado em apenas ser um amigo leal, e deixado meus próprios desejos de lado.
Jú, minha protegida, voltou com o namorado e, para minha decepção, se afastou de mim, há tempos não tenho notícias.
A Lee, ainda estou conhecendo, não sei até quando.
Sei, agora, que a decisão dos rumos a serem tomados é minha e a responsabilidade também.
E tenho a escolha de mudar tudo.
Resumindo: não importa o que acontecer, a culpa é sempre minha.

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